Um medo com duas grandes faces
Digamos que alguém se envolveu numa espécie de caso amoroso num passado tornado ruína.
um medo com duas grandes faces tece-se, esquecendo.
trespassa uma ideia de tempo, de dor pessoal, de angústia pública.
digamos que um lugar pode levar a que se exorcizem memórias de amor e de sofrimento.
um lugar pode impor-se, fazer com que se aceda à memória rarefeita de um sentimento que insiste em manter-se presente.
Realização e texto – Miguel Bonneville / Edição – Joana Linda / Produção – Ao Cabo Teatro, GrETUA, Teatro Aveirense, Câmara Municipal de Aveiro / Agradecimentos – Afonso Santos