Platô | Um medo com duas grandes faces
Platô | Um medo com duas grandes faces
Ponte pedonal no Canal de São Roque sobre a A25
Texto de Miguel Boneville

Digamos que alguém se envolveu numa espécie de caso amoroso num passado tornado ruína. Um medo com duas grandes faces tece-se, esquecendo. Trespassa uma ideia de tempo, de dor pessoal, de angústia pública. Digamos que um lugar pode levar a que se exorcizem memórias de amor e de sofrimento. Um lugar pode impor-se, fazer com que se aceda à memória rarefeita de um sentimento que insiste em manter-se presente.

 

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